Fonte de paz — Autores diversos


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Além da noite n

   Dos corações clamando agonia e desterro,
Cai o orvalho do pranto em fel da desventura…
A saudade a chorar dita a rota do enterro,
Mas o túmulo em si é breve noite escura…


   Espírito é sol no corpo — escrínio perro,
Joia viva a brilhar além da sepultura,
Luz ativa a esmorecer, sob a lama do erro,
Ou cresce a refulgir, se ascende bela e pura.


   Onde vá, todo ser caminha lado a lado
Da luz que exprime sempre o amor profundo e ardente
Ou da sombra que em tudo é pavoroso mito;


   A deixar cada dia o crisol do passado,
Vai e vem a sofrer, no esmeril do presente,
Para estampar-se, enfim, nos troféus do Infinito!


Félix Pacheco



[1] Este soneto, psicografado pelo Waldo Vieira e não por Francisco C. Xavier, diferindo nas palavras marcadas, foi publicado em 1962 pela FEB e encontra-se na 40ª lição da 2ª Parte do livro “Antologia dos Imortais.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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