Mais perto — Emmanuel


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A chave bendita n

Efetivamente, muitos são os problemas que nos assediam a existência. Dificuldades que não se esperam, tribulações que nos espancam mentalmente [de imprevisto], sofrimentos que se instalam conosco, sem que lhes possamos calcular a duração, desajustes que valem por dolorosos constrangimentos.


Se aspiras a obter solução adequada às provas que te firam, não te guies pela rota do desespero.

Tens contigo uma chave bendita — a chave da humildade, cunhada no metal puro da paciência.

Perante quaisquer tropeços da estrada, usa semelhante talento do espírito e alcançarás para logo a equação de harmonia e segurança a que pretendes chegar.


Nada perderás, deixando fale alguém com mais autoridade do que aquela de que porventura disponhas; nunca te diminuirás por desistir de uma contenda desnecessária; em cousa alguma te prejudicarás abraçando o silêncio diante de conceitos deprimentes que te sejam desfechados; não sofrerás prejuízo algum em te calando nessa ou naquela questão que diga respeito exclusivamente às tuas conveniências e interesses pessoais; grandes lucros no campo íntimo te advirão da serenidade ou da complacência com que aceites desprestígio ou preterição; jamais te arrependerás de abençoar ao invés de reclamar, ainda mesmo em ocorrências que te amarguem as horas; e a simpatia vibrará sempre em teu favor, toda vez que cedas de ti mesmo, em benefício dos outros.


Efetuemos os investimentos valiosos de paz e felicidade, suscetíveis de serem capitalizados por nós, através dos pequeninos gestos de tolerância e bondade e o esquema de trabalho, a que a vida nos indique, ganhará absoluta eficiência de execução.


Seja na vida particular ou portas a dentro de casa, no grupo de serviço a que te vinculas ou na grande esfera social em que se te decorre a existência, sempre que te vejas à beira de ressentimento ou revide, rebeldia ou desânimo, nunca te entregues a semelhantes agentes destrutivos.
Tenta a humildade.


Emmanuel



[1] Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada originalmente em 1972 pelo IDE e é a 17ª lição do livro “Mãos Unidas.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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