Segue-me — Emmanuel


6


Obediência justa

(Atualidade) n

“Que, sendo em forma de Deus não teve por usurpação ser igual a Deus.” — PAULO (Filipenses, 2.6)


Todos os sofrimentos dos homens, de modo geral, originam-se da pretensão de usurpar o Divino Poder.

Orgulho, vaidade, insensatez, egoísmo, perversidade, rebeldia e opressão representam apenas modalidades variadas dessa usurpação indébita. A guerra e o seu século pestilencial, a tirania e o instinto revolucionário, as paixões arrasadoras e os desastres espirituais que lhes são consequentes constituem-lhe as obras.

Na vastíssima paisagem de nossas existências vemos sempre a Misericórdia Divina e a maldade humana, a Bondade Celestial e a desobediência das criaturas… Sempre, o Pai Generoso e os filhos imprevidentes, o Deus Justo e as inteligências caídas e perversas… Doloroso quadro… Em tudo, no planeta, a harmonia das leis do Senhor e a discórdia dos homens, a bênção providencial ao Céu e a rebeldia terrestre…

Por isso mesmo a Humanidade, como aranha gigantesca, encontra-se no milenário labirinto, encarcerada na teia criminosa de suas próprias ações.

O coração do discípulo fiel do Evangelho, nos dias que passam, deve revestir-se com a vigorosa couraça da fé viva, ( † ) porquanto é chamado a trabalhar numa floresta escura, onde a maldade se tornou mais requintada e a sombra mais densa. E que guarde, sobretudo, a serenidade confiante do trabalhador, compreendendo a necessidade dos testemunhos e sacrifícios para todos, porque para o aprendiz sincero deve resplandecer o ensinamento Daquele que tendo vindo ao mundo através de anúncios divinos, assinalados por uma estrela brilhante, temido pelas autoridades de seu tempo, que transformou pescadores em apóstolos, que curou leprosos e cegos, e levantou paralíticos de nascença, não quis usurpar o Direito Divino e marchou, um dia, para o monte, a fim de testemunhar a obediência justa ao Senhor Supremo da Vida, no alto de uma cruz, ante o desprezo e ironia de todos.


Emmanuel



[1] O título da mensagem original é o que se encontra entre parênteses e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas foi publicado em maio de 1944, página 99, pela FEB no Reformador e é também a 277ª lição do 6º volume do livro “O Evangelho por Emmanuel.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto restaurado.


Abrir